O orgulho é um general, um guardião que está a serviço da falsa identidade.
A ferida original do ser humano diz respeito à inferioridade e à inadequação e o orgulho nasce para compensar esses sentimentos. Assim como a raiva, o orgulho também é uma tentativa de compensação. Quando nos sentimos inferiores aos outros e temos medo de que isso seja verdade, acionamos outro mecanismo: a vaidade. Usamos esse mecanismo para criar uma autoimagem, uma máscara de superioridade.
O orgulho é difícil de ser curado, pois ele protege a si mesmo. Como ser orgulhoso é sinônimo de ser inferior, o orgulho se esconde de si mesmo. Por isso, pode ser bastante desafiador você lidar com essa estrutura, mas o jogo é muito bom para desmascarar o orgulho e a vaidade.
Ao visitar esta casa, normalmente, você pode sentir resistência ao que o jogo revela. Pode não quer deixar transparecer suas fraquezas e fragilidades, mas quando chega nesta casa, imediatamente o orgulho é desarmado. O jogo, naturalmente, derruba essa estrutura.
Aqui você está sendo convidado (a) a estudar um pouco mais sobre suas máscaras. O(a) orgulhoso (a)/vaidoso (a) normalmente usa uma máscara de autos- suficiência, aquele (a) que dá conta de tudo sozinho (a) e não se mistura. Pode estar rodeado (a) de pessoas, mas não se envolve, não se abre.
Portanto, a solidão é um dos sintomas que pode ser identificado nesta casa.
Quando temos consciência do nosso próprio valor, não somos orgulhosos, somos humildes. Nossa mente não fica vagando em busca de alternativas para agradar mais aos outros ou para parecer melhor do que eles. Não desperdiçamos energia pensando sobre o que as pessoas vão pensar de nós ou sobre como seremos reconhecidos. Nós sabemos o nosso lugar no mundo e assumimos esse lugar sem medo.
A falsa humildade (orgulho disfarçado de humildade) pode se manifestar como uma dificuldade em assumir seu lugar e reconhecer seu próprio valor. Muitas vezes preferimos não assumir nosso poder para não termos que lidar com as responsabilidades e desconfortos que isso pode causar.
Apesar de estar sediada no chakra básico, a vaidade vai até o sexto chakra. Mesmo aqueles seres que estão na antessala da iluminação, que conquistaram poderes espirituais e estão podendo amar e navegar nos planos mais elevados da consciência, podem ser derrubados pelo orgulho e pela vaidade.
Presunção significa capacidade cerebral de gerar hipóteses baseado nas sensações que nossos cinco sentidos de percepção captam da vida em movimento.
O tempo todo estamos pensando e supondo, querendo encontrar soluções na realização dos nossos desejos. Esses desejos modelam nossa visão sobre a vida, as pessoas e a si mesmo(a).
O intelecto é um armazém de informações do nosso cérebro e a inteligência processa seus julgamentos através da síntese do conteúdo de informações registradas pela memória. Seus pensamentos estão desconectados da realidade dos fatos, você está imaginando coisas, a dúvida gera presunção. Presumir a vida impede que as ações sejam verdadeiras. Esse processo mental faz com que o jogador intelectualize suas ações, perdendo com isso a espontaneidade do agir.
Suposições, idéias, dúvidas e soberbas acompanham a presunção. A presunção gera pré-conceitos mentais que pensam e pensam como fazer e nunca fazem nada.
Vindo da casa 24 Falsidade, indica que você está preocupado(a) com a opinião dos outros, com isso perde sua autenticidade e pré conceitualiza uma situação, algo ou alguém, baseados em valores que não são seus e sim introduzidos por uma sociedade competitiva e desigual.
A idolatria de si mesmo só conduz a conquistas passageiras. Vaidade, meu pecado predileto!*
Ao entrar no Jogo da Vida, o Caminhante Lilah se ilude com falsas identificações. A pílula dourada da vaidade se torna um prato predileto, acobertando suas inconveniências, a fim de tornar-se mais atraente para os outros. E ele está convencido de que não mente, apenas usa uma forma de adocicar a verdade amarga que esconde.
De vaidade em vaidade, se engana o caminhante pela vestimenta, pelo comportamento, pela eloquência, pela cultura, pelos bens que dispõe, e por tantas outras coisas, correndo atrás do desejo de ser notado pelos outros e por si mesmo.
Essas conquistas, que são passageiras e logo se desvanecem, escravizam o vaidoso a perseguir novos palcos constantemente, a fim de exibir-se a quem o bajula. Por isso, a serpente da Casa 24 (Más Companhias: KU-SANG-LOKA) retrocede o jogador para a Casa da Vaidade.
Mas, há uma possível saída, pois estão muito perto as Boas Companhias (SU-SANG-LOKA) da Casa 25, que podem trazer-lhe boas influências.
E se é necessária uma moeda de troca, que seja ela uma bela moeda! Em vez de grifes e luzes efêmeras, que brilhe o Caminhante Lila pela gentileza, educação, generosidade, altruísmo, fidelidade aos bons princípios e pela abundância de amor.
“Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?”
7. Mada: vaidade
Estou auto-intoxicado.
Estou intoxicado de mim mesmo.
Sou aquilo que os demais dizem de mim.
Cheio de falsas identificações de todo tipo, fiquei preso no meu próprio jogo: não entendo como não se cumprem todos meus desejos, sendo eu como sou.
As más companhias apenas confirmam a minha auto-intoxicação.