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Maha Lilah Casa 6 - Moha - Apego - Delusão

Nickson Gabriel

É aqui que o jogo começa.

Esta casa fala sobre apegos e condicionamentos: sua história, seu nome, suas conquistas, seus bens materiais, suas crenças e idéias a respeito de quem é. 

Tudo isso faz parte de uma falsa identidade, a qual você pode estar muito apegado (a) e identificado (a), mas nada disso é a realidade final.

O propósito maior do jogo é ir além dele mesmo, ou seja, é desapegar da própria identidade que você usa para jogar. Porém, para desapegar, você precisa ter o que entregar. Faz parte do jogo construir uma estrutura de ego forte para, mais adiante, poder desconstruí-la.

Esta casa também tem a ver com o propósito de vida, que é a forma única como o amor se manifesta através de nós.

Cada um tem sua personalidade, sua identidade e toca seu instrumento de seu jeito. Essa singularidade é divina, porém, ainda não é a nossa verdadeira identidade e, somente abrindo mão da falsa identidade, você pode conhecer sua identidade real.

Beto Mancini

Aqui começa um jogo, é o nascimento de um caminho, a confusão que levará o jogador a buscar esclarecimento e realizações.

Todo começo gera confusão, na maioria das vezes a criança nasce chorando, a sensação de não saber o que vai acontecer gera uma confusão inicial que faz parte da brincadeira de se conhecer melhor.

O aprendizado começa aqui, seu único objetivo é conduzir seu objeto pessoal de volta à casa 68 Consciência Plena, e cumprir um ciclo no jogo da vida.

Conhecerás o medo e a dúvida que testarão você durante todo o jogo e a esperança é que você consiga transformar a confusão em compreensão.

Vindo da casa 29 Dispersão, indica que você dispersou oportunidades de crescer no seu jogo por não acreditar em si mesmo (a), perdeu o foco daquilo que estava fazendo ou vivendo, deixou levar-se por opiniões dos outros ou desconfiou da própria capacidade de agir. A confusão se instalou e sugou sua energia vital e atrasou seu caminho pelo jogo.

Lembre-se: a atenção, a fé e o amor são as chaves das portas do conhecimento.

Taokopelli

Aprenda a libertar-se da ilusão: “O pior cego é o que não quer ver”*.

MOHA quer dizer veneno, falsa compreensão.

As ilusões são comuns e ocorrem a qualquer um, que deve aprender como se livrar de suas artimanhas. Mas, se alguém não quer assumir as responsabilidades de uma nova postura, ou opta por não perceber uma crise, pode relutar em desvendar uma ilusão e, assim, seus pensamentos se tornam obsessões e chega-se à delusão, o apego à ilusão.

A delusão é consequência de uma postura intelectual imprópria e impede o rompimento do Véu de Maya que acoberta a mente com sonhos, miragens e quimeras, impedindo discernir a Verdade.

Por isso, a serpente da Casa 29 (Prática Inadequada: ADHARMA) trará de volta o Caminhante Lilah à Casa da Delusão tantas vezes quanto necessário, até ele compreender o mecanismo da ilusão.

Todos criam uma imagem de si mesmo, sempre uma mesma ilusão do EU (quem SE vê, jamais SE esquece). Mas poucos conseguem perceber que essa autoimagem também é uma ilusão.

Se para praticar mudanças de ponto de vista a respeito de outras coisas já é difícil, a prática de mudança do ponto de vista a respeito do próprio EU encontra resistência muito maior. E, assim, a maior delusão que o ser humano desenvolve é a crença, fortemente enraizada, de que ele é de fato aquilo que apenas é o que pensa ser.

Para encurtar essa zona obscura da alma, o Caminhante Lilah tem que aprender a comandar a imaginação e não ser comandado por ela.

A meditação contemplativa, silenciosa e atenta, é uma boa prática até que o real se revele por trás do Véu de Maya.

*Diz-se que esse provérbio nasceu de um caso ocorrido em 1647 na França. O doutor Vicent de Paul D’Argenrt fez o primeiro transplante de córnea que foi um sucesso da medicina da época. Mas o paciente, Argel, ficou assustado com o mundo que passou a conhecer, dizendo que era bem pior que o imaginava antes da operação. Pediu ao cirurgião que lhe extraísse os olhos. O caso foi levado a tribunal em Paris e no Vaticano e Argel obteve o ganho de causa. Entrou para a história como o cego que não quis ver.

Harish Johari

6. Moha: apego, condicionamento

Desde que nasci fui condicionado pelas circunstâncias de nascimento, tempo e lugar (janma, kala e deśa).

Deixei de jogar e caí no delírio do apego.

A realidade de hoje deve ser a realidade de sempre.

Esse apego que me condiciona a ver do jeito que eu sou é a causa real que me traz de volta uma e outra vez às vibrações mais baixas de mim mesmo.

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