Aham é o Eu e Kara é a forma. Portanto, Ahamkara é traduzido como “a forma do eu”, mas também pode ser traduzido como o ego.
Quando o centro das suas atividades se torna você mesmo (a), o eu, Ahamkara se transforma em egocentrismo. É quando o ego fica preso na ideia do Eu e do meu.
Esta casa abre o conhecimento relacionado ao sétimo chakra, que é o centro de transcendência espiritual. Isso indica que, mesmo nesse estágio, você ainda corre o risco de se iludir e descender para planos inferiores. Ahamkara representa a segunda maior serpente do jogo. Ao cairmos nesta casa, somos vertiginosamente transportados para o início do Jogo, para casa 3 – Krodh, a Ira, e então, voltamos a ter que lidar com aspectos bastante primitivos da personalidade.
O yogi ou a yogini que acessou esse nível, já conquistou os 7 siddhis (poderes espirituais) e é justamente nesse grande poder que mora o perigo, pois ele tende a confundir-se com Deus e acaba agindo de maneira excessivamente autocentrada, esquecendo de valores como humildade, respeito, consideração e amor pelos que estão ao seu redor.
Estando próximo da casa da iluminação, o ego teme a luz. Afinal, atingir a Consciência Cósmica é como aniquilar o ego identificado com antigos padrões e crenças a respeito de si mesmo e do mundo.
A iluminação representa a morte do ego e, assim como tudo que vive quer continuar vivo, ele tenta sobreviver se agarrando a antigas identificações.
A resistência à luz aumenta cada vez mais na medida em que o jogador se aproxima da Consciência Cósmica.
Chegando nesta casa, demonstra que sua visão sobre algo ou alguém está limitada aos seus próprios conceitos. Podemos dizer que você se apegou em sua própria opinião e quando ela não é aceita, surge um sentimento de revolta, uma indignação do seu ego, capaz de trazer consigo uma irritação quando as coisas não são do seu jeito. Volte para casa 3 Cólera, a fim de disciplinar sua maneira de agir e se resolver com suas questões de carências pessoais, para poder completar seu percurso com mais fraternidade em suas expressões.
Se observamos na natureza, tudo que se enrijece, morre. De um verme ao ser humano tudo na natureza está num aprendizado de conseguir se adaptar diante de cada dia e do inusitado da vida, das variações meteorológicas, das consequências com o meio ambiente diante da exploração das reservas naturais, enfim, da natureza como um todo.
Neste ponto do caminho temos esta informação, mas nos falta a consciência do todo nas nossas ações, por isso o nome egoísmo.
Egoísmo significa estar focado e preso a uma vontade do ego, da personalidade, por isso que tem que voltar ao Plano Básico para compreender a origem deste temperamento colérico, que provavelmente está na genética da família e você está repetindo sem perceber, causando com isso, a perda da sua energia vital, volte ao seu lar e observe de quem você herdou este jeito raivoso (a) de se comportar e comece novamente seu caminho.
Você é o que você espalha e não o que você concentra.
O caminhante que tem arrogância e suposta superioridade é por demais autoconfiante, não aceita ser questionado e insiste em dominar o espaço e tomar sempre as decisões. Concomitantemente, ele sabe que agride e desmotiva os relacionamentos positivos, e que seu principal controlador, aquele que está com o chicote na mão, é seu próprio ego.
Enquanto estiver nesse regime, o Caminhante não é livre. E ele foi criado para ser livre, como é livre a consciência universal. Ao se ver assim, atolado, está exposto ao perigo de desaparecer, dá um salto audaz de auto misericórdia e sai de si mesmo, assumindo a oportunidade de ser um novo personagem.
Como ele está na cabeça de uma serpente, ele sabe que um longo caminho de retorno o espera rumo à Casa 3 (Raiva – KRODH), mas considera o trajeto como um tubo milagroso, que irá desprogramar sua mente, dando-lhe a oportunidade de dar um passo no vazio, sem demarcações, onde irá libertar-se das identificações que o escravizam. O Universo tem desses milagres.
A força do Caminhante Lilah se encontra na libertação do que pensa ter e ser. Quando ele para de se importar, as coisas vêm naturalmente.
55. Ahaṅkāra: egoísmo
Ao assumir uma forma, o centro de toda atividade sou eu e minhas coisas.
Tudo aparenta estar em função de mim. Fiquei preso no ego.
Não consigo me reconhecer como a totalidade que sou.
Estou próximo da consciência cósmica, mas posso me perder do caminho.
A falsa identidade me irrita, e é por isso que desço até a ira(3).