Jala é água em sânscrito.
A terra sem a água não é fértil e, portanto, não pode cumprir sua missão.
Quando você chega aqui, talvez deva tomar um copo de água como forma de ativar a energia própria da casa e incentivar o relaxamento.
É também uma forma de esfriar o sistema e de abrir espaço para a energia do Campo atuar. Você está sendo convidado (a) a conectar-se com suas emoções e deixar a energia circular.
Esta casa tem a ver com a purificação. Jala vem justamente para limpar a sujeira feita na casa anterior, o Plano da Violência.
Neste lugar, o jogo atenta para a necessidade de cultivar algumas qualidades fundamentais para a evolução da consciência: adaptabilidade, fluidez, entrega, maleabilidade e desapego.
É preciso deixar o rio levar o que precisa ser levado.
A terceira visão consiste em enxergar além das aparências físicas, ampliar a visão de mundo para poder perceber a Voz Interior a nos indicar o caminho certo a ser seguido.
A intuição surge em nós num momento de receptividade e atenção, nos faz sentir fluídicos, capazes de se adaptar a qualquer situação, como a água que se adapta em diferentes formas de copo. Inofendibilidade é a palavra chave para esta casa, a arte de não se ofender com nada e com ninguém. Posso até dizer que a intuição é o piloto automático desta máquina física.
Deixe fluir e aja de acordo com suas aspirações e inspirações mais íntimas. Na intuição existe a possibilidade de você se tornar disponível e viver cada assunto ou relação com uma significação interna de produzir seu melhor, o que de melhor pode existir dentro da gente é estar disposto (a) a se adaptar ao inusitado, estar num grau de atenção e desapego de resultados que te permite, a partir de um assunto conhecido por você, a receber inspirações e soluções a partir de uma receptividade interna.
A convicção e sintonia com uma mente proativa, te permite improvisar qualquer coisa, você simplesmente age sem se preocupar em como agir e tudo acaba dando certo no final, siga sua intuição, se entregue ao caminho e dificilmente cairá.
Sem impermanência não há beleza!
Jala em sânscrito significa água, que é um dos cinco elementos primários que formam os componentes básicos do mundo, de acordo com a literatura Vastu-shastra. É por causa da presença e do equilíbrio desses cinco elementos que nosso planeta vive com vida.
Os seres humanos encontram na solubilidade da água um poder mágico de limpeza espiritual e diversas religiões a associam à proteção e purificação. É comumente usada na medicina Ayurveda, nas práticas de jala neti e de jala basti de limpeza do corpo.
Jala neti significa literalmente purificação e consiste em despejar água salgada morna em uma narina e inclinar a cabeça para que escorra pela outra, limpando as passagens nasais, prevenindo problemas de sinusite e resfriados, e também promovendo efeitos profundos na mente, trazendo maior clareza e bem-estar mental.
Jala basti, por outro lado, é a limpeza do cólon com água, e afirma ter muitos efeitos benéficos, como o equilíbrio do apetite, a cura de distúrbios digestivos e a purificação dos sentidos e da mente.
Outra característica, a fluidez, faz que os corpos no estado líquido não mantenham uma forma definida e adotem a forma do recipiente que os contêm.
Daí a importância em se calibrar, para se tornar um vaso sólido, consciente e responsável.
53. Jalaloka: plano das águas
A água que absorve o calor está aqui para apagar a energia da violência e transforma-la em exercício espiritual.
A água não tem forma: adota a do vaso que a contêm.
Ao vibrar aqui adquiro essa mesma qualidade da água.
Reconheço que caibo em qualquer forma, posso transformar-me naquilo que configura o Ser e somente quando adquiro este conhecimento é que se dissolve a ilusão identificatória.