Esta casa refere-se à energia vital e ao sol, a fonte da criação. O fogo representa o próprio espírito e o poder de transmutação. Ele pode construir e também destruir. Através do fogo, os antigos apegos são dissolvidos e o novo ganha espaço. Portanto, existe também uma relação desta casa com o final dos ciclos, as pequenas mortes e a dissolução da matéria.
Agni-loka também está relacionada à energia da Ira (casa 3 – Krodh) e com o terceiro chakra que representa o poder pessoal. Então, muitas vezes, essa casa chega para trazer um alinhamento nessas áreas. A Ira é a distorção do poder pessoal e está relacionada ao fogo interno, que é uma energia que pode construir e realizar, mas que pode trazer destruição. Se bem utilizada traz o poder da desconstrução necessária e da transmutação.
A respiração consciente aliada ao sentimento amoroso, desperta em nós um fogo interior, um calor humano que nos capacita com o dom da fogosidade em nossas atitudes.
Ao sentirmos este fogo interior, ficamos cheios de energia, de entusiasmo, de uma sensação de compreensão, que cura todas as angustias e conflitos.
É um fogo que traz um calor amoroso e a serenidade para prosseguir. Porém, quanto mais afinamos nosso instrumento de viver, mais função e uso deve-se ter e fazer.
Este fogo interno não deve ser retido em nós ou em nossos interesses pessoais.
Ele precisa ser partilhado, comungado com outras pessoas e seres.
O fogo Interior se torna sagrado quando praticamos a máxima de quanto mais se recebe mais se doa e compartilha com a vida.
No fogo tudo queima: o amor, o ódio e a libertação!
O fogo é considerado sagrado na maioria das crenças e se faz presente em diversos rituais.
Há milhares de anos atrás, no tempo das cavernas, já se usava o fogo para aquecer, cozinhar e iluminar ambientes, assim como para afugentar animais ferozes. Séculos depois, os povos indígenas, mensageiros de paz entre o Criador e a Criatura, usariam a fumaça em suas cerimônias para purificar e ativar a energia.
Agni é invocado como o primeiro dos poderes Divinos que manifestam sua Luz Divina em cada ser vivo. É o Deus Fogo, a Consciência Vital, o Supremo. Tudo o que vemos é o fogo sagrado em suas várias encarnações, começando por nós mesmos. Mas, a menos que tenhamos despertado essa chama Divina – vontade e consciência, nossas práticas espirituais não poderão nos levar além das ilusões de nossas próprias mentes. Por isso, o Caminhante Lilah medita, e cria uma prece sonora com sua respiração, com seu fogo interno, mensageiro do ar em seu corpo, o próprio sopro da Vida, pedindo pela sustentação do equilíbrio em todos os sistemas.
Sim, as coisas são como são e isto não é negociável, mas uma Força invisível sempre há de mostrar o Caminho, e a prática de acender velas nos lembra disso. Veja a Casa 58 (Luz – Teja-Loka).
42. Agniloka: fogo
O fogo é o veículo da energia, um elo entre Deus e o mundo.
Ao vibrar aqui sei que minha natureza íntima é o fogo. E que também sou um veículo de Deus.
Enganar a mim mesmo é impossível: a testemunha está sempre presente.