O prefixo “a” diante da palavra Dharma remete à negação ao Dharma.
Esta casa diz respeito aos aspectos negativos que lhe impedem de realizar sua missão de vida.
Quando se nega a oferecer os presentes que trouxe para o mundo, inevitavelmente, você é lançado(a) ao sofrimento.
A parada nesta casa indica que pode haver uma negação da vida que se manifesta através do auto-ódio e da autodestruição.
Também pode haver sentimento de incompletude e desconexão com algo maior, vazio existencial ou uma falta de sentido em viver. Esses são sintomas relacionados a essa posição do jogo. Por isso, ao cair na cabeça da serpente da casa 29, você desce para a casa 6 – Moha, o Apego e dos condicionamentos, características que também lhe paralisam diante da realização do Dharma.
A desconfiança é um misto de aflição e malícia que te rouba a atenção, fé e amor, necessários para manter a autoconfiança em suas atitudes.
Quando desconfiamos da nossa capacidade de agir ou da lealdade de quem quer que seja e nos envolvemos com isso, perdemos oportunidades de experimentar situações inusitadas e aprender com elas.
A dispersão já invalida qualquer ação, pois ao sentir medo surge a dúvida quase que de imediato em nosso íntimo, com isso nos sentimos fracos e inseguros.
Você não acreditou em si mesmo ou desconfiou de algo ou alguém e isso gera insegurança no seu íntimo.
Também significa que você não está acreditando em si mesmo e tudo acaba na confusão.
Volte para casa 6 Confusão e livre-se dos seus medos.
Cair por ação imprópria é uma oportunidade de fortalecimento.
Inadequado quer dizer inapropriado, inconveniente, e nesse tabuleiro, propriamente, “prática que não combina com seu Dharma” — aquilo que o mantém afastado, desalinhado com sua missão de Vida e pelo que veio fazer aqui na Terra.
Tem muito a ver com a atitude em si, mas também com o quê a mesma reflete no seu mais profundo íntimo.
Por exemplo, quando o Caminhante perde a confiança em si mesmo, ou em alguém, aumenta proporcionalmente sua insegurança. Ou quando acredita em algo que o afasta de uma reflexão e de suas consequências, ele perde a fluência da energia positiva, assim como o contato com o seu coração e a noção do bom senso.
Aqui uma serpente o retorna à Casa 6 (Delusão: MOHA), que também é uma prática imprópria, para ter oportunidade de reavaliar seu modus vivendi, de como conviver e sobreviver, como na música “Começar de Novo”, de Ivan Lins:
“Começar de novo,
e contar comigo,
vai valer a pena,
ter amanhecido”.
Nossa principal Delusão, que é nossa identificação com a mente e o corpo, é a principal razão para o fracasso de nos conhecermos como realmente somos.
Meditemos!
29. Adharma: injustiça, fé cega
Quando a confiança não se funde na minha natureza interior, mas em um modelo cultural, significa que caí em uma atitude errônea.
Penso que meu caminho é o único caminho válido e tento impô-lo aos demais.
A fé cega é um vício, e vou descendo, para refletir sobre meus apegos.