Esta casa traz um tipo de insanidade manifestada como desconfiança, paranóia, ódio, apego e/ou controle.
No fundo, o ciúme é uma profunda desconexão consigo mesmo e com sua própria força. Quando você não acredita em si mesmo (a), inconscientemente, coloca seu poder na mão do outro, fantasiando que ele pode preencher o buraco de sua carência afetiva.
Dessa forma, você cria uma relação de dependência extremamente nociva, porque, ao depositar sua necessidade de segurança e de amor no outro, você projeta nele o próprio sentido da vida e, sem perceber, passa a acreditar que sua felicidade depende dele. Essa dependência gera um enorme apego e qualquer movimento que ameace a relação poderá gerar ciúme.
A cabeça da serpente desta casa leva você diretamente para a casa 4 – Lobh, a Cobiça que, basicamente, é querer algo de fora para preencher um vazio interior. O medo, a desconfiança, a paranóia fazem você voltar para a base, para o primeiro chakra. Pode haver também um auto-ódio proveniente do não reconhecimento do próprio valor. Você projeta o seu valor no outro e teme ser rejeitado (a) por ele. Você pode ser assombrada por um fantasma interno que está constantemente repetindo que será trocado (a) por outra pessoa. O seu maior temor é o da traição. E, na maioria das vezes, você mesmo(a) acabará criando situações que comprovem essa crença.
O ciúme pode ser vivenciado de outras maneiras não tão literais, como controle excessivo, domínio, posse e necessidade de colocar o outro para baixo. É importante lembrar que o ciúme pode se manifestar em qualquer tipo de relacionamento: na família, na busca de reconhecimento dos pais, na relação com amigos ou até mesmo, com o chefe.
O questionamento básico dessa casa é:
O que, de fato, te preenche?
Qual é o buraco que você está tentando tapar?
Qual é sua necessidade real?
Em nosso mundo imaginário existem expectativas que nos fazem sonhar com possibilidades, momentos, ritos e mitos, algo ou alguém.
Porém, quando nossos sonhos ou vontades não se realizam surge em nós a frustração. Esta frustração traz uma sensação de estar sendo traído ou enganado, que nos machuca por dentro, nos corrói e nos faz sentir mágoa.
A frustração gerando ressentimento pode causar desejo de vingança, quando algo ou alguém não fez o que eu esperava dele(a).
O medo de perder algo ou alguém ou a própria opinião gera o ciúme.
Sonhou demais e ficou inseguro nas suas emoções, gerando com isso, medo de rivalidade, mágoas, ressentimentos que levam o jogador de volta para casa 4 Cobiça para recomeçar seu caminho novamente.
Ninguém é de ninguém.
Ciúme, o dragão que mata o amor sob o pretexto de mantê-lo.
A saga mordaz do Ciúme entre o apego e o desapego exige do Caminhante Lilah uma nova postura acima desta dualidade. O apego está naquilo que lhe é essencial, e não por isso vem ele a ser um tolo ou lesivo. Seu ego gosta de apegos, porque o medo de deixar de existir, de não ser mais importante, de morrer, provoca nele esses apegos que suportam sua existência.
Mas, ao estabelecer essa premissa de que para ser feliz é preciso ter certo alguém, realizar algo específico ou ir para determinado lugar, percebe que essa armação construída em concreto lhe engessa a própria Felicidade, e condena sua leveza e graça de ser!
O futuro será sempre incerto, e estar apegado a algo ou a alguém será sempre inconstante. Assim é a impermanência, citada em todas as religiões e filosofias, nada é constante, as coisas vêm e vão, tudo que tem um começo tem um fim, e há beleza nas duas pontas!
Portanto, questionar esses apegos, essas ideias fixas preestabelecidas, dão ao caminhante a oportunidade de ter mais chances de ser jovial, de se sentir prazeroso, aconteça o que acontecer!
Não e à toa que aqui se encontra a segunda serpente do jogo, que carrega o caminhante e suas vibrações negativas de volta à Casa 4 (Ganância: LOBH), na Primeira Estação, a fim de reiniciar seu processo de pensamento.
Ciúme é saudade de você mesmo! Pratique esportes, iôga e meditação, para não cair no abismo do Ciúme, e onde quer que esteja, esteja por inteiro, com vigor e radiância!
“Às vezes o amor perdura,
E às vezes acaba e fere.”
Cest la vie!
16. Dveśa: ciúmes, aversão
Perdi a habilidade de distinguir entre o possível e o impossível.
Sonho, e acredito que meus sonhos são reais.
Este é o apego básico da segunda fileira e é provocado pela minha confusão: minha indulgência com o mundo do fantástico. Minhas dúvidas crescem.
Tenho tão pouca autoconfiança que me odeio.
Projeto esse ódio sobre todos aqueles que não confirmam minha auto-imagem.
A energia baixa.
Caí na cobiça.