É dito que a nulidade é um limbo. Não estamos nem no céu, nem na terra. Nem acima, nem abaixo. Antariksha é traduzida como o intelecto negativo, mas se manifesta também como paralisação e retraimento. Neste ponto da jornada existe uma falta de energia vital que pode levar você a uma estagnação e uma paralisação diante do que precisa ser feito.
Esta casa está relacionada com a preguiça, que é uma matriz bem pouco compreendida e difícil de trabalhar. A nossa cultura condena a preguiça, pois é uma cultura do fazer compulsivo. Entende-se a preguiça como um desvio de caráter. Julgamos o preguiçoso acreditando que ele está fazendo “corpo mole” para tirar vantagem das situações, porém até mesmo aquela pessoa superativa, workaholic, pode estar atuando na preguiça, porque o fazer compulsivo é, na verdade, uma fuga. A pessoa faz muitas coisas justamente para não fazer aquilo que precisa ser feito. Portanto, ao cair nesta casa, você precisa libertar-se dos julgamentos morais a respeito desse sintoma e acordar a compaixão, compreendendo que por trás da preguiça existe muita dor e sentimentos congelados. Ao mesmo tempo, é preciso ficar atento, pois pode existir uma tendência de atuar na máscara da vítima, da submissão, já que o preguiçoso, normalmente, está desvitalizado.
A raiva reprimida é a principal causa da paralisação. É muito comum sentir raiva quando você precisa se esforçar para sair da zona de conforto, pois o congelamento acontece justamente porque você pode não querer entrar em contato com a raiva e acaba se afastando do objeto que provoca a raiva para não lidar com esse sentimento. Porém, não é possível fugir para sempre e, em algum momento, inevitavelmente, a raiva acaba transbordando na forma de agressividade e de auto destrutividade. É como uma represa que tem suas barreiras derrubadas. A água chega com muita violência. Quando isso ocorre, o custo é muito alto. A pessoa paga com sua saúde, sua paz, sua prosperidade e sua satisfação pessoal.
O ensinamento desta casa é aprender a liberar a energia da raiva de forma que não cause tanta destruição. Isso significa aprender a canalizá-la para a construção de algo positivo como, por exemplo, a arte, o trabalho, o esporte e as lutas marciais.
Aqui também, você é convidado (a) a olhar para os amortecedores que usa para não sentir a raiva. Quando tomar consciência disso e se dispor a fazer essa energia circular, a própria vida lhe trará as oportunidades certas. A catarse, como ferramenta terapêutica, pode ser uma boa maneira de liberar essa energia represada no sistema.
Mecanismo deturpado da imaginação humana que leva ao íntimo do (a) jogador (a) uma sensação de indignação e ele começa a se incomodar com alguma situação, com algo ou alguém. Com isso, se torna crítico (a), vendo sempre o lado negativo de algo ou alguém.
Indica também a presença de um mau humor em sua mente que acabará por se transformar em tédio. Esse modo de pensar leva o jogador (a) a focar nos problemas e não enxergar as soluções para as situações que vivência ou almeja.
Vindo da casa 61 Pessimismo, indica que você ainda carrega em sua mente, informações negativas sobre si mesmo (a), sobre algo ou alguém. Ré-clamar do que quer que seja é futilidade.
Antariksha é o espaço entre o Plano Físico e o Plano Celestial que, na cultura ocidental, é chamado de limbo. Nem aqui, nem lá, nenhum lugar — o vazio!
É a falta de validade, o estado onde tudo é nulo, sem propósito, sem nexo.
A falta de energia vital cria sentimentos de futilidade, tudo perde sentido, nada excita. Essa é uma manifestação do segundo chakra e o estado de inatividade, instabilidade e cansaço.
Nulidade não é um estado permanente, é um estágio, uma passagem, talvez um crescimento!
E o mundo gira e o jogo continua, e o Caminhante Lila estará pronto para jogar na próxima rodada. Ainda bem! Melhor ir embora daqui!
A serpente da Casa 61 (Negatividade: DURBUDDHI), na Sétima Estação, traz de volta o viajante para esta Casa 13, a fim de iniciar uma nova tentativa de evolução.
13. Antarīkṣa: nulidade, limbo
Não estou nem na terra nem no céu.
Nem aqui nem lá: em parte alguma. Caí na nulidade.
Qual é o propósito do meu ser?
A angústia existencial flui através da minha consciência.
Sou tão insignificante… tudo perdeu o sentido.
Os objetivos estão ainda aí, mas, para que servem?
Felizmente, a nulidade não é um estado permanente.