Gandharvas, de acordo com os Vedas, são seres celestiais dotados de primor artístico e criativo. São os músicos celestiais, responsáveis por alegrar as divindades. Nesta casa, cabe o estudo do arquétipo do Louco, o Bobo, pois existe aqui um espírito brincalhão.
Nesta posição do jogo você tem a oportunidade de conectar-se com a força da alegria. Esta casa representa um atalho, uma maneira de flexibilizar e simplificar as coisas. Uma das qualidades do Maha Lilah é justamente esta: tratar o autoconhecimento de uma forma mais leve, agradável, lembrando que tudo é apenas um jogo e que todos nós somos os(as) jogadores(as).
Este é um chamado para um resgate da espontaneidade, da criança interior. Os Gandharvas estão cantando: Não leve tudo tão a sério! Saia do controle!
Muitas vezes, tudo o que precisamos para sair do sofrimento é dar um sim para o prazer.
Aqui abre-se um campo para a confiança. Também podemos dizer que esta casa nos lembra sobre a necessidade da autocompaixão.
Aqui, as estruturas que impedem você de manifestar suas virtudes e seu eu superior se tornam evidentes. Você começa a tomar consciência da dureza, do controle, da tirania interna, da autoexigência e da culpa que não lhe autoriza a experienciar essa energia. Esta casa traz flexibilidade e o colorido. Ela vem tornar suas couraças, armaduras e estruturas rígidas mais maleáveis.
Estando tomada pelo tirano interno, ao acessar as diversões você pode entrar ainda mais na culpa, se criticando por não conseguir ser mais leve. Esta casa é uma tomada de consciência do eu idealizado e da constante culpa que não lhe permite sentir prazer. Ela evoca a necessidade de você encontrar soluções leves e criativas para os problemas.
Este aspecto da imaginação humana é a fonte de toda criatividade mental cujo resultado na matéria chamamos de ARTE.
Arte é diversão como diversão é arte.
Aprender a se adaptar diante de cada situação é estar se divertindo com o jogo da vida.
Esta fonte criadora das inspirações artísticas, nos leva a um estado de expansão imaginária e quando bem usado, nos traz resultados que contribuem para o bom humor e a espontaneidade, nutrem nosso plano imaginário.
Necessidade de se divertir mais, levar a vida com bom humor, ser criativo (a) em seu viver, sair da rotina e brincar mais, expresse seu lado artístico em alguma atividade manual. Use a imaginação para melhorar sua forma de expressão.
“Quem canta, seus males espanta.”
Gandharvas eram os músicos que entretinham os deuses e aqueles que, evoluindo, atingiam o Plano Celestial. Tinham a habilidade de conversar com Deus e com aqueles que alcançavam os planos sutis.
Assim também era Kokopelli, divindade asteca associada à fertilidade e abundância, venerado em algumas culturas indígenas norteamericanas, geralmente representado como flautista. Meio corcunda, por causa do peso de sua mochila, carregava alegrias, estimulava a fecundidade, a abastança e o espírito da música, e inundava de encantamento os povos por onde passava.
A Vida pode ser percebida como entretenimento para aqueles que transcendem a estação do Plano Físico (da sobrevivência e da segurança) do primeiro chakra. A essência do espírito jovem é o divertimento.
O Caminhante Lilah entra no estado de recreação após sua passagem pela Casa 10 (Purificação: SHUDDHI). Esse espaço é uma expressão de alegria interior, um alinhamento de ritmo e harmonia.
Uma luz abrilhanta a existência mundana e provê novas avenidas, novas vistas, novos horizontes. Toda a arte refinada é produto desse estado, que pertence à Segunda Estação do jogo e é um atributo do segundo chakra.
Quando os sentidos estão mais calmos, a alma se tranquiliza.
É no processo das brincadeiras que o Caminhante Lilah se dispõe a sair da rotina, assumindo vários papéis, despindo-se do ego e aceitando a entrega. Aceitar é dissolver-se para tornar-se UM.
Aqui brincamos de Lila! Maha Lila!
11. Gandhārva: divertimento, aroma
Este espaço psíquico freqüente na infância é a expressão natural da minha alegria interior.
A criação é uma brincadeira alegre da energia e somente quando nos libertamos da primeira fileira podemos perceber a vida como o riso Daquele que escolheu ser muitos.