Esta casa contém o propósito maior do jogo e, para compreendermos esse propósito, precisamos estudar um aspecto fundamental da Consciência Divina: o prazer de criar.
A criação nasce do prazer e é por isso que ela é tão vasta, abundante e infinita. O prazer é o motor da criação.
A Gênese nos fala sobre como o jogo foi criado. Em algum momento, o Criador, que é a própria Consciência amorosa, foi tomado pelo desejo de se expressar e expandir a si mesmo através da criação. Então, para que o amor pudesse expandir, era necessário esquecer-se de si para que, ao retornar a si (lembrando-se da sua origem), se tornasse um amor consciente. Assim foi criado o grande mistério, pois esta seria a única maneira de experienciar a criação sem antes conhecê-la.
A Consciência, que é pura luz, cria um princípio que é também uma lei deste plano: a dualidade. Inicia-se um jogo de luz e sombra.
A sombra tem uma função no jogo. É através dela que a Consciência experiencia a própria luz. Imagine, por um instante, um lugar onde só existe luz. O que você veria? Nada. A Consciência se expande através do jogo da vida e nós somos os protagonistas desse jogo. Carregamos dentro de nós a própria essência do Criador, a Centelha Divina, que é o Amor. Nosso propósito é expandir o amor através do despertar das nossas virtudes e dos nossos dons e talentos. É por isso que dizemos que a vida é uma escola de amor consciente.
É a concepção de um jogo, aqui só se passa uma vez, é o primeiro passo.
O elemento inicial atribuído é ÁGUA.
Considerando que a vida física nasceu na água, atribuímos a este elemento o símbolo da Gênesis.
A unidade que gera a diversidade, nesta casa homenageamos os nossos pais, que através de um ato sexual, nos possibilitou um corpo para nossa essência viver.
A partir de agora, o UM se transforma em muitos para que o Jogo aconteça.
O esperma fecunda o óvulo e gera um ovo chamado zigoto. Tudo dependerá na forma física da boa ou má combinação desses dois códigos genéticos.
A gênesis física é nosso pai e nossa mãe.
Bem-vindo ao jogo. Aceite as regras.
Para iniciar o jogo, faça-se a luz (“Fiat Lux”), que venha a separação e a partir daí o que era UM se divide para gerar a multiplicidade da Vida e do jogo.
Gênesis é o começo de tudo! O nascimento, um desafio e o milagre das travessias por onde se passa apenas uma única vez. E uma vez que se decide entrar no jogo, o Caminhante Lilah passa a aceitar as regras do Dharma (leis da Vida e da Natureza) e se sujeita aos lances do dado, que representam a inevitável Lei do Karma (lei da ação e reação).
O dado roda, a vida roda, assim é Samsara, um movimento contínuo, um fluxo incessante de criação, morte e recriação, no qual todos os nascidos participam e do qual só se pode escapar por meio da compreensão da relatividade do ego, que alguns chamam de despertar ou iluminação! Essa é uma abertura preciosa. É um dos momentos mais importantes. É desse lugar de humildade inocente que temos a oportunidade de fazer nossa oração:
– Obrigado Criador por essa Vida, por esse Jogo da Vida!
O Universo está pronto para atendê-lo. Você deu o primeiro passo!
1. Janma: nascimento
Nascer é entrar no jogo.
No início não havia jogo, mas a natureza brincalhona da Consciência não pode ficar imóvel por muito tempo e, desde a Unidade, Brahman, o Absoluto, torna-se muitos para jogar o jogo.
Este é o jogo do karma, onde o Uno chega a ser muitos jogando o jogo cósmico de esconde-esconde consigo próprio.